domingo, 25 de abril de 2010

" TETÊ ESPÍNDOLA "


Teresinha Maria Miranda Espíndola, mais conhecida como Tetê Espíndola
(Campo Grande, 11 de março de 1954) é uma cantora, compositora e
instrumentista brasileira. Atualmente mora no bairro de Moema, em São Paulo.
As características de sua carreira estão na multiplicidade, com incursões pela vanguarda, o pioneirismo regionalista, fusões do acústico com o eletrônico, experimentalismos com pássaros, enfim, um leque de opções que sua voz
absolutamente rara, de timbre ímpar e extensão incomum, lhe proporciona.
Tetê é irmã de Humberto Espíndola, artista plástico de renome internacional, e foi por ele e a mãe Alba Miranda onde desenvolveu os dons artísticos entre as sessões de teatro que a mãe e Humberto encenavam, e/ou, entre as audições de rádio no período vespertino. Porém, a veia artística não vem só daí, pois na família haviam primos-trigêmos que se apresentavam em grandes orquestras, inclusive para Getúlio Vargas. Mas o primeiro a aprender a tocar violão em casa foi o irmão Sérgio, que ensinou Geraldo, e Geraldo ensinou Tetê.

Era evidente que rolava muito som entre os irmãos em casa, já que todos tocam e cantam, e em 1968, Tetê, Geraldo, Celito e Alzira formam o grupo LuzAzul e passam a executar concertos na via Cuiabá-Campo Grande. E foi na via-crucis,
no meio do caminho, num local muito especial para Tetê chamado Chapada dos Guimarães, ao lado de passarinhos e do Véu da Noiva que Tetê
descobre a sua voz aguda…
O LuzAzul decide ir para São Paulo. Vão primeiro Celito e Tetê, e começam a tocar em barzinhos e abrir espaço para os outros irmãos se transferirem de vez para
São Paulo, quando fecham contrato com a Phonogram/Phillips,
e a pedidos da própria gravadora, mudam o nome LuzAzul para Tetê e
o Lirio Selvagem, lançando assim seu primeiro trabalho em 1978.
Em 1979, Tetê o e Lirio Selvagem se desfaz, a gravadora decide
lançar Tetê em um disco solo - Piraretã.

Em 1981, ao lado de Arrigo Barnabé, defendem a valsa Londrina(de Arrigo) no MPB Shell, que recebe o prêmio de melhor arranjo por Cláudio Leal.
Em 1982, entre muitas experimentações sonoras feitas através de sessões com Stenio Mendes e Theophil Mayer (inclusive exibido pela TV Cultura em um especial),
surge o disco Pássaros na garganta, aclamado pela crítica, e onde a estética do som é batizada por Arrigo Barnabé de sertanejo lisérgico.
Em 1985, Tetê vence o "Festival dos Festivais" da Rede Globo com a canção
Escrito nas estrelas, composição do marido Arnaldo Black com Carlos Rennó,
que bate recordes de execução e vendagens, dando-lhe o disco de ouro.
Em 1986, como parte do conograma da gravadora Barkley/BMG Ariola,
segue-se o disco Gaiola, onde executam uma gigantesca turnê pelo Brasil.

Tetê dubla, atua e faz a trilha sonora do filme Mônica e a sereia do rio (de Maurício de Sousa) dirigido por Walter Hugo Khouri; e faz uma participação no curta Caramujo-Flor, de Joel Pizzini, junto com Almir Sater, Aracy Balabanian, Ney Matogrosso e outros artistas de Mato Grosso do Sul. Como representante brasileira, participa do Festival The concert voice, em Roma (1988). Em 1989, canta no New Morning (Paris) e no Festival de Jazz da Bélgica. Com uma bolsa da Fundação Vitae, em conjunto com Marta Catunda e Humberto Espíndola vão rumo á Amazônia numa expedição em busca do canto do uirapuru, onde gravam uma série de sons de pássaros, que depois de catalogado, e parte das experimentações musicais feitas por Tetê na Amazônia, gera o disco Ouvir/Birds (1991).

Tetê passa alguns anos se dedicando à família e em 1998, junto com a irmã Alzira, gravam o disco acústico só de canções regionais/tradicionais - Anahí, sucesso de venda e de público nos concertos que lotaram uma agenda de 2 anos. Quando então, aparece o excelente disco Vozvoixvoice, dirigido e produzido por Phillipe Kadosch, no qual o conceito aplica-se em fazer da voz, todos os instrumentos (baixo, bateria, guitarra, sopros, etc.). Em 2003, Tetê participa em dois projetos junto com a família - Espíndola canta e O que virou, e em 2005 lança o disco Zencinema só com canções de Arnaldo Black.
Em 2006 e 2007 participou de várias apresentações com a soprano Adélia Issa. Ainda em 2007 lança o disco Evaporar completamente produzido no Mato Grosso do Sul, desde a escolha de músicos à finalização do trabalho.

Discografia

Tetê e o Lirio selvagem (Phillips, 1978)
Piraretã (Phillips, 1980)
Londrina/Canção dos vagalumes (Som Livre, 1981)
Pássaros na garganta (Som da gente, 1982)
Escrito nas estrelas (Single Barkley/BMG Ariola, 1985)
Gaiola (Single Barkley/BMG Ariola, 1986)
Ouvir - Birds (LuzAzul, 1991)
Só Tetê (Camerati, 1994)
Canção do amor (LuzAzul, 1995)
Anahi, com Alzira Espíndola (Dabliu, 1998)
Vozvoixvoice (LuzAzul, 2002)
Fiandeiras do Pantanal, com Raquel Naveira (LuzAzul, 2002)
O que virou — Canções de Jerry Espíndola e Marcello Pettengill (LuzAzul, 2003)
Espíndola canta (LuzAzul, 2003/2004)
Zencinema (LuzAzul, 2005)
Babelyes (MCD World Music/LuzAzul, 2006)
eVAporAR (Tratore/LuzAzul, 2007)

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